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Petrobras e a interferência política

Os últimos dias foram marcados pela interferência política direta na Petrobrás, uma das maiores empresas de capital aberto do Brasil e que está entre as 100 maiores empresas do mundo.

Tivemos a troca do presidente da Petrobras, com a entrada do General Joaquim Luna e Silva sendo indicado pelo presidente Jair Messias Bolsonaro. E desde a indicação, até agora, houve depreciação de R$ 100bi em valor de mercado da Petrobras.

E qual o motivo disso?

O maior motivo é o aumento da instabilidade causada por essa atitude, ou seja, investidores começaram se desfazer dos papéis da companhia, por não se sentirem seguros com a possibilidade de uma maior interferência.

Essa interferência foi originada para ‘segurar o preço do combustível’, mas, com a depreciação, tivemos uma grande alta do dólar e, como os custos operacionais são dolarizados, houve aumento da mesma forma.

Mas há uma possibilidade de problema ainda maior:

O presidente sinalizou que ‘haverá mais mudanças’, ou seja, fará mais intervenções populistas. Quando olhamos desta forma, precisamos entender que o mercado precifica qualquer alteração, e qualquer tipo de interferência, seja política ou de qualquer outra natureza, no funcionamento de empresas de capital aberto, são precificados de forma negativa, na maior parte das vezes.

Esta sinalização de que haverá mais interferências derrubou o nosso índice brasileiro (Ibovespa) em quase 5,0% no dia 22.

Os valores de mercado vão voltar a subir? Provavelmente.
Mas precisamos nos manter em alerta para ter caixa em momentos de queda, para aproveitar boas oportunidades. E também precisamos diversificar para não ficar à mercê de mudanças de humor dos nossos políticos.

Lembre-se: Investir em ações é pensar em longo prazo.

Autor: Sergio K. Leão