Expertise em Fundos de Investimento
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O que são Fundos de Investimentos?
Dado o cenário de instabilidade econômica, causada, principalmente, por conta da pandemia de Covid-19, uma das alternativas para obter uma melhor diversificação dos seus investimentos, garantindo assim, uma diminuição no grau de risco da sua carteira de investimentos é a de investir através de Fundos de Investimentos.
Fundos de Investimentos possuem característica de ser um tipo de aplicação financeira dentro de uma carteira com uma alta variedade de investimentos que, feitos de forma separada seriam complexos, mas feitos por fundos de investimento tornam-se mais simples, ou seja, investidores aplicam o valor em um fundo e o montante é investido em aplicações financeiras tradicionais, como ações, títulos públicos e privados etc. O lucro obtido através dessas aplicações é então dividido entre os investidores, que são chamados de cotistas.
Além de tornar seus investimentos mais “tranquilos” de serem escolhidos, os fundos de investimentos também reduzem, drasticamente o valor necessário para que você consiga alcançar um bom grau de diversificação. Assim, o investidor pode contar com a tranquilidade de investir parcelas de seu capital em ações, títulos de renda fixa, títulos públicos, títulos cambiais, derivativos e commodities com risco reduzido, alta diversificação e comodidade, já que não será necessário pesquisar todos os ativos para iniciar um portfólio rentável. Deste modo, investir através de fundos de investimentos demanda saber escolher um bom gestor (quem vai tomar a decisão final do que comprar e/ou vender, mas também sobre as estratégias que ele segue, alinhadas ao cenário econômico atual e futuro). Entenda, exatamente, como funciona um Fundo de Investimento nos tópicos abaixo:
Quem são os profissionais envolvidos?
É interessante analisar fundos de investimento como se fossem um condomínio. Neste caso, o fundo torna-se a união de investimentos feitos pelos condôminos com o mesmo objetivo final. Cada condômino possui cotas (frações do patrimônio) e essa cota varia de acordo com o PL (Patrimônio Líquido) do fundo e o número de cotas disponíveis. Para manter uma boa administração do fundo, é necessário que existam diversos profissionais e instituições, que são os responsáveis para manter a segurança e transparência dos investimentos.
- Administrador: Responsável pelo funcionamento do fundo, defender o direito dos cotistas e comunicá-lo em caso de mudanças.
- Custodiante: Atua como o “segurança” do fundo, fazendo sua guarda. Todos os reports de dados e informações são fornecidos por ele.
- Distribuidor: Atua como o “comercial” do fundo, fazendo as vendas das cotas do fundo.
- Gestor: É quem dita a estratégia do fundo, fazendo as compras e vendas dos ativos do fundo. Respeita a política do fundo e recebe as ordens de compra e venda.
- Auditor Independente: Atua como “inspetor” do fundo, anualmente fazendo a fiscalização e certificando-se de que o fundo está condizente com as leis e regras estabelecidas.
Tipos de fundos de investimentos
Classificação dos fundos de acordo com a Instrução CVM 555:
1 – Fundos de Renda Fixa – Fundos desta categoria devem apresentar no mínimo 80% de seu Patrimônio Líquido em ativos relacionados aos fatores de risco: variação da taxa de juros e/ou índice de preços.
- Risco: Cenário de queda de juros.
- Vantagens: Possibilidade de ganhos na valorização da moeda local. Vedada taxa de performance para Investidores Qualificados (verificar tópico de taxas e tributações).
Fundos de Renda Fixa possuem 4 características extras:
- Curto Prazo – Fundos desta categoria devem apresentar prazo máximo a decorrer de 375 dias e prazo médio inferior a 60 dias. Fundo que proporciona a menor volatilidade entre todos os disponíveis no mercado.
- Referenciados – Fundos desta categoria devem apresentar no mínimo 95% de seu PL em ativos que acompanham de forma direta ou indireta índices de referência. Além disso, 80% do PL do fundo no mínimo deve ser investido em títulos da dívida pública federal ou ativos de baixo risco de crédito (Gestor irá definir quais são). Atuação no mercado de derivativos é restrita e utilizada para operações de hedge.
- Simples – Fundos desta categoria devem apresentar no mínimo 95% de seu PL em títulos da dívida pública federal ou títulos de renda fixa. Este fundo não cobra taxa de performance, não faz investimentos no exterior, não concentra capital em créditos privados e não pode se tornar um fundo fechado.
- Dívida Externa – Fundos desta categoria devem apresentar no mínimo 80% de seu PL em títulos representativos da dívida externa. É a forma mais simples de se investir em papéis brasileiros negociados no mercado internacional. Estes fundos podem cobrar taxa de performance.
2 – Fundos de Ações – Fundos desta categoria devem apresentar no mínimo 67% de seu PL em ações negociadas no mercado à vista de bolsa de valores.
- Riscos: Performance sujeita à variação de preço das ações presentes na carteira do fundo.
- Vantagens: Podem obter ganhos superiores a longo prazo em relação à fundos de renda fixa.
3 – Fundos Cambiais – Fundos desta categoria devem apresentar no mínimo 80% da carteira em ativos com relação direta ou sintetizada via derivativos.
- Risco: Variação de preços de moeda estrangeira ou variação do cupom cambial.
- Vantagens: Possibilidade de ganhos na valorização da moeda norte americana, ou outra moeda utilizada em sua operação de investimento.
4 – Fundos Multimercado – Fundos desta categoria devem possuir políticas diversificação, de forma a não concentrar em nenhum ativo em específico. Esse fundo pode aplicar em DI/Selic, índices de preços, taxas de juros, câmbio, dívida externa e ações. Podem cobrar taxa de performance e utilizar derivativos para alavancagem.
- Risco: Investidores conservadores podem sentir desconforto na volatilidade do fundo multimercado.
- Vantagens: Possuir investimentos renda fixa e variável em um único investimento, de forma equilibrada.
Além das quatro classificações de fundos da Instrução CVM 555, temos:
5 – Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento – Fundos que compram cotas de outros fundos de investimentos. Deve possuir no mínimo 95% do PL investido em um fundo de mesma classe, exceto multimercado. O fundo de cotas atua como cotista neste caso.
6 – Fundos de Índice – Conhecidos como ETF (Exchance Traded Funds). São fundos que visam rentabilidade a partir de um índice de referência, não possuem prazo determinado e devem ter 95% no mínimo de seu PL investidos em valores mobiliários.
7 – Fundos de Investimento Imobiliário (FII) – . É uma forma de captação de investimento para empreendimentos imobiliários (projetos, construção e aquisição de imóveis). Os rendimentos são recebidos em forma de aluguel.
8 – Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) – Fundo composto por títulos de créditos que se originam das operações realizadas pelas instituições financeiras. O banco cede seus empréstimos ao fundo e consegue espaço para novos empréstimos. É uma forma de gerar liquidez no mercado. O fundo deve ter pelo menos 50% de seu PL em direitos creditórios.
9 – Fundos de Investimentos em Participações (FIP) – Fundo composto por investimentos em cias abertas, fechadas ou sociedades limitadas em fase de desenvolvimento. Seu PL deve possuir no mínimo 90% investido em ações, debêntures simples e bônus de subscrição.
10 – Fundos Offshore – Fundo composto por investimentos no exterior com gestor local.
Tipos de Fundos
- Abertos – Pode ser resgatado a qualquer momento
- Fechados – Resgate só após o prazo de duração
- Restritos – Membros restritos (família, empresas de mesmo grupo econômico)
- Exclusivos – Apenas um único cotista pode investir
Quais são as taxas e tributações?
- Taxa de Administração – Percentual pago pelo cotista para custear os serviços de gestão e operação dos fundos. Esta taxa está presente no prospecto do fundo, é expressa ao ano e deduzida diariamente.
- Taxa de Performance – Percentual pago pelo cotista se a rentabilidade do fundo superar positivamente o indicador de referência (benchmark) estabelecido. É uma forma de bonificação ao gestor. Para isso, é necessário ter uma consistência de resultado nos meses anteriores, normalmente.
- Taxa de Ingresso/Saída – Se aplicáveis, são taxas cobradas sobre o valor investido. A taxa de ingresso é cobrada na aquisição da cota do fundo e taxa de saída pode ocorrer caso o cotista liquide sua posição antes do prazo de liquidez que foi estabelecido no regulamento do fundo.
- IOF – Pode incidir em até 29 dias. A partir de 30 dias ou mais, não há mais cobrança de IOF. Cobrados sobre os rendimentos e incide sempre antes do IR. O percentual de IOF varia conforme o número de dias decorridos da aplicação, iniciado em 96% no 1º dia de aplicação e chegando a 0% no 30º dia.
- Imposto de Renda e Come-Cotas – Recolhido 2 vezes ao ano, o Come-Cotas no final dos meses de maio e novembro. A alíquota será o menor valor de IR do fundo que o capital está aplicado. A cobrança é feita proporcionalmente ao valor de cotas que o cotista possui no momento da dedução, reduzindo seu número de cotas. Já o IR é cobrado de acordo com o regulamento de cada fundo. A cobrança é deduzida direto da fonte.
Tipo de Fundo | Alíquota Semestral (Come-Cotas – Maio e Novembro) | Alíquota Resgate (IR na fonte) |
Curto Prazo | 20% | Até 180 dias – 22,5% Acima de 180 dias – 20% |
Longo Prazo | 15% | Até 180 dias – 22,5% De 181 a 360 dias – 20% De 361 a 720 dias – 17,5% Acima de 720 dias – 15% |
Ações | Não possui Come-Cotas | 15% em qualquer prazo de aplicação |
Imobiliários | Não possui Come-Cotas | 20% em qualquer prazo de aplicação |
Por que investir em Fundos de Investimentos?
Além da segurança oferecida pelos órgãos CVM e Anbima, Fundos de Investimento também chamam a atenção na diversificação da carteira, isto é, a possibilidade de ter mais de um ativo investido e gerar bons rendimentos a longo prazo, a praticidade para investir e não se preocupar em acompanhar diariamente, ter a confiança de que os gestores estão acompanhando o mercado e passando informações de forma atualizada e transparente. Além disso, o investidor possui grande acessibilidade ao iniciar seus investimentos, já que os fundos contam com diversos valores aportes iniciais. Não há uma escolha única para fundo de investimento, é importante visualizar o histórico de rentabilidades passadas, levar em consideração que rentabilidades passadas não irão garantir as futuras, mas o embasamento de como o fundo se comportou no passado dará um direcionamento de escolhas de investimento.
O universo de fundos de investimentos fica em constante mudança. A maior novidade é a recente autorização da CVM em que fundos brasileiros podem investir em criptomoedas (bitcoin, por exemplo) no exterior. Os fundos de investimento indireto, como são denominados, compram cotas de fundos ou derivativos no exterior obedecendo a regulamentação dele. É a mais nova forma de investimento em criptomoedas para quem quer se expor a este Mercado sem a necessidade de comprá-las diretamente.
Para facilitar suas decisões procure sempre um Planejador Financeiro que possa analisar todos os fatores e selecionar fundos de investimento que atendam seus objetivos, respeitando seu perfil de investidor, riscos permitidos, o capital ideal a ser investido e que traga bons rendimentos futuros.
Insight 1
Como primeiro Insight Capital, vamos entender que fundos dependem de gestão, e pode acontecer de um gestor que trouxe um ótimo histórico de resultados, sair para buscar novas oportunidades e horizontes, após um período. Nesse caso, o fundo mantém o nome e histórico, porém, com uma gestão diferente, que pode não conseguir replicar os resultados. Assim, muitas pessoas, sem buscar essa informação, acabam investindo, seguindo um histórico, e muitas vezes, dando um tiro no escuro, com um gestor, que pode não ter um amplo histórico de gestão com a estratégia de alocação.
Insight 2
Nosso segundo Insight Capital é voltado para ETF’s, que são fundos de índice, você pode buscar um que tenha taxa de administração mais baixa. Nesse caso, o gestor praticamente não tem relevância, visto que, por ser um fundo de índice, apresenta uma gestão passiva que visa replicá-lo. Podem existir vários ETF’s para um mesmo índice, como é o caso dos que replicam o S&P500 (índice de bolsa americana), e variam em suas taxas administrativas em até 30%. Quanto menor a taxa paga, para a mesma estratégia, maior será seu retorno líquido.
Insight 3
A terceira dica que damos é para que você olhe com atenção para fundos de inflação curta e debêntures incentivadas. O primeiro é uma excelente opção para a extensão da sua reserva de emergência ou mesmo o complemento da reserva de oportunidade. Já o segundo é uma opção magnífica para investimentos de curto a médio prazo pois além de ser relacionado a inflação é isento de imposto de renda, por investir em setores estratégicos para o governo, como infraestrutura. No Grupo Capital sempre recomendamos que você tenha fundos de investimento na carteira, mesmo que você goste e faça você mesmo a gestão dos ativos dela. É impossível acompanhar todos os setores e mercados disponíveis e esse tipo de aplicação é fundamental para que você consiga se expor a mercados que você as vezes não tem tempo ou conhecimento para monitorar. Além disso, mesmo que você reserve o tempo necessário para fazer a sua gestão, pode se beneficiar com uma parte do seu capital aplicado através de um outro ponto de vista ou estratégia. Dessa forma você estará sempre com a carteira mais diversificada e com menos exposição a oscilação, além de ter mais de uma cabeça pensando em diferentes estratégias. Para exemplificar, temos cerca de 400 ações listadas na B3, 3.200 ações listadas somente na NASDAQ e mais de 14.000 criptomoedas. É fácil perceber o valor de ter um grupo de especialistas focados em diferentes segmentos de Mercado para compor sua carteira e aproveitar oportunidades de crescimento do patrimônio, mesmo em cenários como o de pandemia, certo?
Conte com a nossa equipe para isso.
Somos a evolução do seu relacionamento com as Finanças.
Frederico M Kùmbs – CSO Chief Strategy Officer
Sergio K. Leão – Planejador Financeiro CFP® & Head de Investimentos
Rodrigo Ribeiro – COO Chief Operating Officer