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Off Shore: Investimentos no Exterior

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Somos cercados por marcas estrangeiras em nosso dia-a-dia. A rotina do brasileiro é sair de casa procurando o Waze em seu Iphone, acessar seu Instagram, pesquisar no Google qual é a melhor série do Netflix para assistir aos finais de semana e ainda checar seus e-mails com as promoções da Amazon.

Empresas como essas são corriqueiras e não nos damos conta de que é possível fazer parte do sucesso que elas possuem no mercado. São essas empresas listadas em outros mercados, fora do Brasil, que vêm ganhando força e notoriedade ao público de investidores brasileiros, que vêm crescendo de forma exponencial ao longo dos últimos anos, muito puxado pelo momento delicado de pandemia, que abriu tempo nas agendas para que as pessoas aprendam mais sobre investimentos.

Muitas pessoas não sabem, mas ações das principais empresas estrangeiras já eram oferecidas no Brasil através de BDR’s (Brazilian Depositary Receipts), que são certificados emitidos no Brasil representando companhias abertas no exterior. Isso acontecia porque até 21 de outubro de 2020 essa classe de ativo só era disponível para investidores qualificados, que são profissionais do mercado financeiro ou investidores que possuam acima de 1 milhão de reais em investimentos. No dia 22 de outubro de 2020 esses BDR’s foram liberados para todos os tipos de investidores e abriram a porta para uma nova era no mundo dos investimentos, fazendo com que hoje qualquer pessoa pode se tornar acionista dessas empresas.

Outro processo que estamos observando agora é o de investir diretamente no exterior, seja através de corretoras americanas ou planos de investimento de empresas estrangeiras. Nunca foi tão fácil enviar dinheiro para fora do país e hoje conseguimos fazer uma remessa de uma conta em real para uma em dólar com poucos cliques no celular.

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Mas você sabe como fazer? Sabe quais as particularidades de investir no exterior?

Hoje desmistificaremos alguns pontos relacionado a este mercado, cada vez mais conhecido. A globalização, também nos investimentos, trouxe muitas mudanças e praticidade para quem quer proteger seu patrimônio do temido e conhecido “Risco Brasil”.

O primeiro grande paradigma que precisa ser quebrado é o de ilegalidade:

É LEGAL enviar uma parte dos seus recursos para o exterior. O termo Offshore, muitas das vezes está atrelado à escândalos envolvendo empresários e/ou políticos que desejam ocultar um patrimônio proveniente de fontes ilícitas, e isso nos traz a impressão de que fazê-lo é ilegal. Basicamente, quando você investe fora do seu país de residência é considerado um investimento Offshore, e traz consigo algumas implicações legais frente à Receita Federal.

Seus investimentos enviados ao exterior, precisam ser declarados em sua declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) e, quanto totalizarem mais de R$ 1 milhão de reais, também é necessário comunicar o Banco Central.

Dessa forma, seus investimentos estarão em uma outra moeda (normalmente Dólar) e você não corre risco do nosso governo implicar com eles.

No entanto, há ainda uma limitação para que esse processo se torne ainda mais democrático. Do mesmo jeito, não há nenhuma ilegalidade em enviar o capital para uma corretora estrangeira e fazer aplicações por lá, mas a CVM não permite que as empresas que fazem esse tipo de trabalho façam oferta pública dos seus serviços ou investimentos. Ou seja, elas são autorizadas a operar e funcionar normalmente no Brasil, mas não podem fazer nenhum tipo de propaganda ou ação para que chegue até você.

Mas, por que investir no exterior?

O cenário pandêmico trouxe algumas situações que facilmente mostraram a importância de ter uma parcela de diversificação internacional dos seus investimentos: A desvalorização do Real frente ao Dólar (conhecido como Câmbio) é a maior delas:

Dólar em 31/12/2019: R$ 4,03
Dólar em 31/12/2020: R$ 5,19
Dólar em 29/12/2021: R$ 5,64

É possível ver a desvalorização de 28,78% entre 2019 e 2020 e 8,67% entre 2020 e 2021. Sendo que, de forma acumulada nesses últimos 2 anos tivemos uma desvalorização de 39,95%. Com isso chegamos ao primeiro motivo para se investir no exterior:

  • Proteção Cambial – Existe a oscilação da moeda local bem como a estrangeira. Uma carteira com as duas posições faz com que essas exposições mistas tragam redução de volatilidade da carteira. Quando o dólar está valorizado é possível ter um ganho e quando o real está valorizado também, e vice-versa. Até mesmo em crises internacionais é possível obter ganhos com as empresas estrangeiras devido suas gestões que trazem uma resiliência maior aos impactos do mercado.
  • Acesso – O segundo grande motivo é o acesso à mercados mais bem desenvolvidos do que o brasileiro para investir. Enquanto no Brasil, temos a composição do nosso índice (Ibovespa) contando com 65 ações de 61 empresas, e cerca de 400 empresas listadas, no cenário americano, por exemplo, um dos índices conta com as 500 maiores empresas (S&P500) e possui cerca de 8.000 empresas listadas. Mas, assim como é possível investir no mercado americano, podemos acessar outros mercados, como o inglês, alemão e/ou chinês. E essa diversificação abre um leque muito grande de opções de investimento.
  • Oportunidades de mercado – O portfólio oferecido por bolsas estrangeiras é vasto e muito maior do que o que estamos acostumados. É possível investir na Coca-Cola, McDonald’s, Walt Disney, Wells Fargo, na brasileira Netshoes, Exxon Mobil, Berkshire Hathaway, entre outras empresas já citadas anteriormente. Se compararmos a NYSE (New York Stocks Exchange) com a B3, constatamos mais de 3.000 ações listadas e um volume diário de negociações de US$ 170 bilhões na bolsa americana, enquanto na B3 possuímos cerca de 450 ações e um volume diário de R$ 33,1 bilhões. A bolsa alemã conta com mais de 3.000 empresas, a indiana com mais de 5.000 e a americana com mais de 8.000. O que traz um grau de competitividade muito maior para a estruturação da sua carteira de investimentos, diminuindo volatilidade e maximizando seus retornos.
  • Home Biàs – O quarto motivo é conhecido como Home Biás e o que deve ser mitigado. Home Biás, ou Viés Doméstrico, é a propensão que o investidor tem de investir todo seu patrimônio em instrumentos do mercado local onde vive, ignorando o benefício da diversificação.
  • Diversificação de Investimentos – A ideia de diversificação se dá na maximização dos seus retornos frente a uma mitigação dos riscos envolvidos, ou seja, é melhorar a relação de Retorno sobre Risco do seu portfólio de investimentos. Para isso, é necessário se atentar, principalmente, ao seu perfil de investidor, bem como a estratégia de alocação, conhecida como Política de Investimentos. Assim, investir com uma diversificação adequada visa trazer retornos positivos até mesmo quando o mercado doméstico encontra-se em queda.

Legal, entendi!

Mas, o que é preciso para investir no exterior?

Você pode diversificar seu portfólio internacionalmente de algumas formas. Cada uma delas terá pontos positivos e negativos, e o que mais se enquadra para uma pessoa, pode não se enquadrar para outra, devido à diferença de realidades entre elas:

  • Conta em corretora estrangeira – Abrir uma conta em uma corretora internacional vêm se tornando cada vez mais simples, a ponto de, hoje, haver corretoras que possuem plataformas 100% em português e a o câmbio facilitado e integrado por serviços de Remessa. Investir assim traz a liberdade de você escolher os ativos nos quais você fará seus aportes, assim, é necessário que você saiba o que está comprando, bem como fazer as avaliações necessárias, antes de comprar. O que pode demandar muito tempo. Existem inúmeras possibilidades de corretoras, sendo as mais conhecidas para o público brasileiro: Avenue, Interactive Brokers, Drive Wealth e TD Ameritrade.
  • BDR’s – A segunda opção é investir através de BDR’s. Esses são basicamente certificados emitidos e negociados em território brasileiro. Quando o investidor adquire uma BDR, precisa saber que, na outra ponta, há um custodiante que terá de manter a ação referência separada. Assim, você conseguirá investir, sem fazer remessas internacionais, em empresas como Apple, Coca-Cola, McDonald’s, Google e Facebook. Atualmente existem cerca de 120 companhias americanas negociadas em Bolsa brasileira como BDR’s. A parte boa de investir via BDR é a praticidade de compra através do Home Broker da corretora que você já utiliza. Um outro benefício é que você pode trocar seus certificados pelas ações correspondentes, caso deseje, mantendo assim a sua ação e não o BDR. Por outro lado, seu dinheiro ainda continua no Brasil e BDR’s costuma ter uma liquidez mais baixa do que suas ações originais.
  • Fundos de Investimentos – Todos os fundos que possuem o sufixo “investimento no exterior” fazem parte desta categoria. Para o varejo, o valor máximo de investimento no exterior destes fundos é de 20%. Independente do valor ganho, o IR é fixo em 15% e não cobrança de come-cotas. Ou seja, investir através de fundos facilita o seu processo operacional de investimento, bem como o de acompanhamento recorrente do mercado. A dificuldade aqui está em encontrar um gestor que consiga gerar resultados bons e consistentes de modo a valer a pena o custo da Taxa de Administração (e Performance, quando houver) cobrada(s) quando utilizada essa estratégia.
  • Imóveis – Uma prática cada vez mais comum dos brasileiros desde 2008 é a compra de imóveis nos Estados Unidos. Existe uma dupla vantagem neste investimento pela valorização do ativo e pela renda extra por intermédio dos aluguéis em épocas de férias. O que vale a atenção aqui é de ter uma estrutura jurídica bem estruturada (LLC.) antes de fazer qualquer tipo de aporte e/ou compra de imóvel em cenário internacional. Outra forma de investir em imóvel é através de REIT’s, que são os análogos americanos para os nossos Fundos Imobiliários (FII’s).
  • Gestora de Recursos – Existe a possibilidade de você buscar diretamente uma gestora de recursos internacional, que trabalhará, na grande maioria das vezes com Fundos de Fundos (FOF’s) ou Carteiras Administradas. Assim como nos Fundos de Investimentos, aqui é interessante buscar histórico de resultados da Gestora/Gestor, bem como a idoneidade da Gestora, verificação informações de Custodiante e Auditor, assim como acontece no Brasil.
  • Planos de investimento – No exterior existem alguns planos de investimento, diferentes do que estamos acostumados aqui. Esses planos possuem algumas similaridades com uma previdência privada, mas não em relação a tributação. Na maioria deles você escolhe um período de contribuição, um valor mensal de investimento e os fundos de investimento onde será aplicado o valor investido. Cada plano tem sua particularidade e alguns deles são um pouco inflexíveis em relação a mudanças no que foi definido inicialmente. No entanto, existem algumas excelentes opções que possuem grande flexibilidade nas contribuições e resgates e excelentes opções de fundos. A grande vantagem desses planos é a facilidade na hora de declarar o investimento na declaração de IRPF durante todo o período.

Agora que você já sabe mais sobre investimentos no exterior, bem como a sua importância dentro de um crescimento patrimonial de forma sustentável é hora de contar com o suporte de um Planejador Financeiro Capital. Dessa forma, você terá uma avaliação completa sobre sua vida financeira, bem como os percentuais adequados de diversificação e qual estratégia seguir para que você tenha uma maior eficiência nesse acúmulo ao longo do tempo. Essa Gestão de Ativos sempre é alinhada com a Gestão Patrimonial, a Gestão Financeira e sua Gestão de Riscos. Quando falamos de Planejamento Financeiro, falamos de uma Visão Sistêmica e de um crescimento consistente da suas Finanças.

Quando o assunto é Gestão de Ativos e Investimentos, nossa expertise se dá em conseguir ligar cada investimento a um objetivo, de modo que faça você alcançá-los com máxima eficiência. E essa é a essência de um bom Planejamento Financeiro:

Você saber que tudo funciona de forma integrada com o foco em seus resultados e objetivos, de forma imparcial e personalizada.

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Insight 1

Nosso primeiro Insight Capital de hoje vem para alertar algo que é negligenciado. Nos últimos anos, o mercado de relatórios de investimentos cresceu muito, sob uma bandeira de “faça você mesmo”. Contudo, dificilmente vemos um posicionamento de: “Você precisa avaliar antes de comprar o que recomendamos”. Fazer essa avaliação é algo que pode demandar um tempo considerável, logo, a depender do valor do seu patrimônio e do seu Custo por Hora de trabalho, o barato pode sair caro.

Parte do nosso acompanhamento é voltado a explicar o porquê de cada passo – e não apenas uma lista enviada via “control + c” “control + v”. Assim, tenha sempre claro e coloque todas as variáveis em seu comparativo de custos versus retorno. Conte com a gente para entender porque, quando e como fazer isso.

Insight 2

Já o segundo Insight Capital se dá sobre a internacionalização de capital. Hoje, existem bancos que abrem contas internacionais (Dólar e Euro) quando você é correntista em suas versões nacionais de contas. Essas contas internacionais podem facilitar no envio de remessas, bem como diminuir o custo de envio de recursos ao exterior.O C6 Bank e o BS2 são bancos que possuem esse diferencial.

Insight 3

Para a próxima dica, com um olhar mais técnico, é a constatação do cenário brasileiro nos últimos anos, gerando uma perspectiva clara de que devemos olhar mais para esse tipo de investimento. No entanto, as opções de investimentos no exterior são infinitas e é importantíssimo entender o que você está fazendo. É essencial definir o prazo de investimento, a finalidade do envio do recurso para o exterior, avaliar as taxas e custos envolvidos nas transações e, principalmente, como declarar isso no imposto de renda.

Insight 4

Vamos falar também sobre os custos de sucessão nos EUA.  O ITCMD (imposto sobre herança e doações no Brasil), que varia de 4% a 8% dependendo do estado, é alto, contudo, o imposto sobre heranças nos EUA vai até 40% do valor do patrimônio, e o que está investido por lá segue essa alíquota. No Grupo Capital faremos sempre uma avaliação completa da situação, não avaliando apenas o investimento em si, mas todo o impacto tributário que isso terá no seu planejamento. Existem estratégias que farão com que esses problemas sejam mitigados ou até mesmo eliminados. Só o Mercado americano já é 10x maior que o nosso, imagine uma carteira diversificada globalmente. Conte com a gente para dar esse passo de forma eficiente.

Grupo Capital: Somos a evolução do seu relacionamento com as Finanças.

Frederico M Kùmbs – CSO Chief Strategy Officer
Sergio K. Leão – Planejador Financeiro CFP® & Head de Investimentos
Rodrigo Ribeiro – COO Chief Operating Officer