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Você sabe o que é ESG?

Falar de ESG se tornou uma pauta prioritária para produtos financeiros que, ao destacar questões ambientais (Environmental), sociais (Social) e de governança corporativa (Governance), buscam se aproximar de empresas com projetos que possam ser relevantes para o bem-estar, nosso e do mundo, hoje e no futuro, e num mesmo movimento, visa se afastar de empresas que possuem más práticas de gestão, grande histórico de poluição e problemas trabalhistas, como um exemplo inicial.

Com esse plano de fundo, mais e mais investidores querem apoiar as ações responsáveis das empresas, considerando um horizonte maior, não se limitando apenas aos retornos financeiros. Essa perspectiva tem ganhado força com os millenials, mas eles estão longe de serem a vanguarda nesse assunto.

O boom dos investimentos ESG e suas reações no Mercado de Capitais

A criação da sigla ESG se deu em 2004 através do Pacto Global, uma resolução do Banco Mundial e Organização das Nações Unidas, porém o movimento de investimentos responsáveis vem acontecendo desde 1960, com grupos de investidores europeus e americanos, retirando de suas carteiras empresas relacionadas à grandes escândalos sociais.

Com o aumento da circulação de informação nos dias de hoje, o aumento da pressão para que as empresas de investimento adotem um modelo de estratégias de investimentos sustentáveis se tornou enorme, moldando setores e impactando todos os profissionais do mercado.

O mundo parece ter adotado o modelo sustentável como um caminho padrão a seguir, e quem não atualizar suas políticas nesta direção, perde cada vez mais território – e clientes.

“Quando falamos de investimentos, é impossível tapar os olhos para uma visão mais responsável para nossos investimentos, seja para buscar uma melhora imediata ou num futuro não muito distante. Dentro do Grupo Capital, acreditamos que empresas que adotam práticas ESG não só contribuem com o planeta, como aumentam seu valor de mercado e melhoram suas capacidades de gerar lucro maior quando comparadas aos seus pares não-ESG. Aquela velha história de “ou ESG, ou lucro” já caiu por terra há um bom tempo”, diz Sergio K. Leão.

Assim, esse movimento fomentou a entrada de investidores institucionais nesse mercado, gerando uma necessidade de se educarem, além de influenciarem cada vez mais o curso do mercado e das empresas que o compõe.

Quando olhamos para os produtos financeiros, considerar ESG na seleção destas opções fomenta decisões de investimento mais bem informadas e especializadas.

Porém, segundo um estudo da ANBIMA, a maioria das instituições ainda está em fase de implementação de processos ESG, apresentando quase um terço das gestoras, avaliando de 80% a 100% de seus ativos quando considerados os critérios sustentáveis.

Onde podemos encontrar opções de investimentos ESG?

Como você já deve ter imaginado, ações das empresas são diretamente influenciadas por este movimento, o qual fornece uma melhor imagem às empresas dentro do direcionamento ESG e aumentam a exposição negativa de empresas que não demonstram preocupação com o tema.

Quando focamos nas ações, ter a disponibilidade (clareza) de informações ainda é difícil. O acompanhamento do investidor pessoa física ao tema sempre foi prejudicado pela falta de interesse das empresas em modificar suas iniciativas voltadas ao ESG. Contudo, a CVM passou a exigir neste ano (2022) a divulgação de informações através de seu formulário de referência, o que facilitará essa pesquisa por parte do investidor que deseje se expor a este mercado.

A segunda opção de exposição é através de ETFs que replicam índices de sustentabilidade, os quais concentram empresas de referência mundial em práticas sustentáveis, além de serem altamente rentáveis. Um dos principais indicadores no Brasil é o ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) e globalmente podemos encontrar o REVE11, que seleciona as 50 empresas com a maior porcentagem de ganhos em iniciativas verdes.

Outra opção é a entrada em Fundos de Investimento focados que tenham esse viés em ESG.

Desde janeiro de 2022, as instituições financeiras devem identificar fundos com objetivo de investimento 100% sustentável, contendo neles o sufixo IS (Investimento Sustentável) no nome. Gestores destes fundos reúnem estratégias para selecionar ativos listados em índices específicos como o Índice Brasil ESG, ou mesmo com prêmios de reconhecimento em segmentos destes três setores.

Mas quais segmentos podem se enquadrar na classificação ESG?

A parte Ambiental tem como destaque métricas relacionadas a:

  • Mudanças climáticas
  • Desmatamento
  • Consumo de energia
  • Biodiversidade
  • Escassez e poluição da água
  • Poluição do ar

Já no âmbito social, são comumente avaliadas:

  • A satisfação do cliente
  • Direitos humanos
  • Normas trabalhistas
  • Relacionamento entre empregados
  • Gênero
  • Proteção e tratamento de dados

Para a Governança, os fatores que se destacam são:

  • Integrantes do Conselho
  • Remuneração de executivos
  • Transparência
  • Conflito de interesses
  • Lobbying
  • Corrupção
  • Supervisão de auditoria

Conclusão

Investimentos em ativos que levantem uma bandeira ESG têm ganhado cada vez mais destaque globalmente e o Brasil também segue esta tendência. Obter lucro com iniciativas sustentáveis é o grande tema em pauta nos dias de hoje, consolidando empresas que já provaram ser possível investir de forma sustentável e ética, e deve continuar aumentando espaço para discussões e aprofundamento nesses assuntos ao longo dos próximos anos.

As organizações devem se adaptar cada vez mais rápido com acionistas e partes interessadas esperando uma transição para ações empresariais mais sustentáveis, ampliando suas métricas e estratégias de longo prazo.

Para obter mais informações sobre como investir de forma cada vez mais responsável, sustentável e ética, entre em contato preenchendo o formulário abaixo:

https://ryp10nzwtko.typeform.com/to/KLEZZS0j

Frederico M Kùmbs – Chief Customer Experience Officer
Sergio K. Leão – Planejador Financeiro CFP® & Head de Investimentos