Em nosso último artigo, trouxemos conceitos iniciais para que você entenda como funciona a estrutura do universo de Criptoativos. Caso você não tenha visto, recomendamos que faça essa leitura antes, clicando aqui para que consiga aproveitar este conteúdo o máximo possível.
Agora, vamos explorar o mundo do Bitcoin.
Bitcoin Imagine que exista um software, e dentro dele exista uma rede, e dentro desta rede, tudo é transacionado através de uma moeda específica.
Estes três elementos são chamados de Bitcoin.
Então o Bitcoin é um sistema de pagamentos global que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana e que não é controlado por nenhuma instituição, mas sim por um projeto (conjunto de leis) criado e inalterável. Este projeto estimula os participantes a trabalharem a favor dele, por meio de incentivos financeiros.
A Moeda Criptomoedas são 100% digitais e descentralizadas. A primeira, o BTC, teve seu projeto (Whitepaper – Link para Whitepaper do BTC) criado em 2008 e após um ano de estudos sobre ele, a criptomoeda começou a ganhar corpo de transações. Contudo, a ideia de um mecanismo que diminua o papel do governo e aumente a participação da sociedade na tomada de decisão financeira em transações P2P (Peer-to-Peer, de um ponto a outro), já era bem compreendida desde 1999, por Milton Friedman, ganhador do prêmio Nobel de economia em 1976.
Quanto mais o mercado estuda, mais esse projeto se mostra incrível. Vamos analisar alguns fatores que validam essa afirmação:
100% digital: Não existe BTC físico, e cada unidade possui uma assinatura digital única (espécie de DNA);
Escasso: Existirão apenas 21 milhões de unidades de BTC no mundo, e que serão liberadas até 2140. Depois disso não existirá mais produção de BTC (seria um cheque mate em moedas fiduciárias?);
Deflacionário: A cada 04 anos a oferta de BTC que é dada pela sua rede (Blockchain) para os mineradores (pessoas que usam poder computacional para liberar estes blocos de dados para serem utilizados), é reduzida pela metade. Para deixar mais claro, é como se a cada 04 anos a impressão de novos dólares fosse diminuída pela metade;
Transparente: justamente por estar dentro da Blockchain, onde todas as informações de transação ficam armazenadas em todos os computadores, elas podem ser checadas por você e eu a qualquer momento; A integração de rede faz as validações das transações utilizando todos os dispositivos conectados, a fim de evitar fraudes.
Divisível: Ela tem 08 casas depois da virgula. A menor unidade divisível do BTC é chamada de Satoshi (0,00000001 BTC = 1 Satoshi).
Camadas Compondo o Bitcoin, existem algumas camadas que surgem para facilitar a maneira como ele é transacionado.
A camada base é a Blockchain. Em cima dela temos a camada chamada de lighting network, uma segunda camada que opera com canais de pagamento, para permitir que usuários enviem e recebam transações mais rápidas e mais baratas. Dentro dessa segunda camada, temos outras vias para transacionar os bitcoins: o termo Liquidy, que funciona como uma segunda via dentro desta segunda camada, fica disponível para as transações de BTC, e é composta por um uma “confederação de empresas” (Binance, Coinbase etc.). Este Liquidy nada mais é que um canal de liquidez de BTC, permitindo a transação mais volumosa de bitcoins, ainda numa maneira mais barata que as anteriores.
Imagine que estas empresas (Binance, Coinbase etc.) são empresas que possuem um dono, ou seja, são centralizadas, porém por atingirem uma escala de transações muito alta, conseguem viabilizar essas transações por um canal que consome menos energia, tornando cada transação mais barata. É como um navio cargueiro que, por trazer vários containers, cobra um frete mais barato.
Como 3ª via nessa segunda camada, temos o RSK (chamado de Bitcoin DeFi), uma plataforma de contratos inteligentes (e descentralizados) para emprestar, pedir empréstimo, negociar e ganhar juros em seus Bitcoins.
Para ser uma reserva de valor, é necessário que a moeda seja negociável em mercado local e internacional – assim como o ouro, o BTC vem sendo aceito em mais lugares a cada dia. Também é uma característica não ser oxidável, ou seja, não se degradar com o passar do tempo. Já vimos que o BTC garante um registro inalterável também.
Talvez o grande marco hoje seja de fato o tempo, uma vez que o ouro já é utilizado a séculos e o BTC tem que continuar se provando por muito tempo – teoricamente, atravessando um século para ser considerado assim.
Além destes pontos, podemos listar: Portabilidade, Divisibilidade, Fungibilidade (pode ser substituída por outra nota, sem perder valor), Liquidez e Uniformidade (se este dinheiro é reconhecido nesta sociedade). Easy and Hard Money (dificuldade de produção do dinheiro) & Stock-to-flow Ratio (escassez sobre a capacidade de produção do dinheiro e o valor dele sem alterar a oferta) também.
Apesar de ser um tema frequentemente ouvido, é estimado que hoje, 1% da população mundial possua BTCs. Ainda estamos numa fase adoção inicial, e ela passa pelo ciclo como qualquer inovação disruptiva.
Frederico M Kùmbs – CSO Chief Strategy Officer Sergio K. Leão – Planejador Financeiro CFP® & Head de Investimentos Daniel Valverde – CEO Chief Executive Officer
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