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Estratégias de investimento no curto prazo

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Uma das maiores preocupações de um bom (e dedicado) investidor é a percepção de tempo de seu investimento. “Quanto tempo meu dinheiro ficará aplicado?”, “Vou utilizar este capital nos próximos dois anos?”, “Posso deixar meu investimento imobilizado por 12 meses e utilizar minhas reservas líquidas?”

Todos esses questionamentos trazem à tona a dica mais importante de todo investidor, que ninguém fala, mas está intrínseca: Use o tempo ao seu favor. No mercado financeiro a percepção de tempo é trazida em três conceitos básicos, e hoje exploraremos o primeiro:

Curto Prazo: Entende-se por curto prazo todo e qualquer investimento feito e planejado para ser utilizado ou retirado em até dois anos. A viagem dos sonhos para 2022, a compra da casa, a troca do automóvel. Os sonhos imediatos estão presentes em nosso dia-a-dia e não podem ser ignorados, devem apenas ser planejados. Aplicações nesta categoria funcionam como ‘aplicações conservadoras’, onde há uma rentabilidade floating onde é possível observar o capital elevando-se mensalmente, sem alto risco e volatilidade. É importante entender o funcionamento de tributações, taxas e demais custos de operação, bem como a segurança, liquidez e aportes mínimos para investimentos de até 2 anos.

Quando falamos de investimentos de curto prazo, precisamos nos atentar às características que esses investimentos precisam ter.

Assim como a reserva de emergência, os objetivos de curto prazo precisam ter investimentos que estejam alinhados ao seu prazo, valores e expectativas. A ideia é que você não corra mais riscos do que é necessário buscando um retorno ilógico. Assim, precisamos de três principais características:

– Liquidez: Diferente da reserva de emergência em que precisamos de uma liquidez imediata, para objetivos de curto prazo a necessidade é que o vencimento seja “casado” com o objetivo, ou seja, pode não haver uma necessidade de liquidez imediata. E isso abre uma margem boa de oportunidades para Títulos Privados de Renda Fixa, aqueles que possuem uma data de vencimento e que, normalmente, quanto maior esse prazo, maior o grau de retorno que ele trará.

– Segurança: Quando o assunto é segurança, falamos aqui sobre diferentes tipos de risco: Risco de mercado, conhecido como oscilação e/ou volatilidade, Risco de crédito, conhecido como calote, e Risco de Liquidez, que é a possibilidade de a instituição não ter o dinheiro líquido para te devolver em uma eventual liquidação do título. Aqui, precisamos entender a relação de Risco-Retorno, ou seja, normalmente, quanto maior o retorno entregue, maior o risco envolvido. Existe também as agências de classificação de risco, como a Fitch Ratings, Moody’s e S&P Global Ratings. Cada uma delas avalia sobre a segurança da instituição que emite esse título.

O que é Rating? Gustavo Cerbasi explica isso em nosso blog


Ou seja, é importante avaliar todos esses aspectos antes de escolher um título privado.
 
– Rentabilidade: Quando o assunto é rentabilidade, precisamos entender, principalmente, sobre o cenário econômico, pelo menos Macroeconômico e assim, buscar ativos que façam sentido dentro de uma estratégia temporal. O maior erro dos investidores é olhar apenas retornos passados e projetarem um mesmo cenário para o futuro, mas no fim, todos sabemos que isso não funciona. Assim, a depender dos próximos passos, pode fazer sentido um investimento mais “conservador” através de Renda Fixa Pré-fixada, com vencimento alinhado ao objetivo, ou partir para uma carteira mais diversificada e completa, buscando fazer os ajustes, se necessário, conforme o cenário econômico vai mudando. Um bom exemplo disso é o cenário pandêmico no qual estamos passando.
 
 
Perceba que não é pelo fato de não haver muito prazo entre seu investimento e o seu objetivo que diminui a complexidade de uma estruturação de investimentos, sendo necessário, principalmente, de um suporte profissional para que você consiga ter boas opções, não correr riscos desnecessários e ainda sim contar com independência nas recomendações de investimentos para que não haja conflito de interesses na escolha dos ativos.

Cenário econômico

É importante entender, principalmente, os próximos passos do cenário econômico, antes de tomar a decisão de investir. Quando olhamos o cenário atual, por exemplo, com uma subida precificada de Taxa de Juros, conforme, nos próximos momentos, haja a estabilização da curva e início de tendência de queda, pode valer a pena buscar Títulos Pré-Fixados com um retorno, muitas vezes, muito superior à Taxa de Juros futura. Um exemplo para isso, é no ano de 2016, quanto nossa Taxa Selic chegou à 14,25%, existiu a emissão de bons títulos de renda fixa com retorno entre 16% e 20% a depender do prazo de vencimento. Vale lembrar que, caso você opte por “travar” seu dinheiro em um período não favorável, conforme a taxa subir, seu título pode trazer um retorno defasado, não sendo tão interessante.

Plataformas multimarcas

As principais corretoras do mercado estão um pouco a frente dos bancos quando o cenário é emissão de títulos terceiros, ou seja, há uma maior opção de títulos e emissores, com diferentes prazos, ratings e taxas, enquanto os bancos ainda trabalham com emissões próprias, tendo uma menor variedade de opções.

Através de uma plataforma melhor desenvolvida você consegue ter uma maior opção de ativos e compor sua carteira de investimentos com bom grau de diversificação, gerando assim uma maior possibilidade de Retorno, com menor grau de Risco.

Lembre-se sempre que diversificação é a chave para o sucesso dos seus investimentos.

Prazos e opções

Um ponto interessante de se observar aqui é que para prazos superiores a 6 meses, existem algumas opções de investimentos de baixa volatilidade e que se encaixam bem em uma carteira bem estruturada. Esses investimentos vão possibilitar um rendimento superior aos investimentos pós fixados e que geralmente se encaixam bem para prazos de até 2 anos.

Fundos de inflação curta e de debêntures incentivadas surgem como excelentes opções nesse contexto. São investimentos conservadores, que não trarão muitas surpresas nesse período e chances de bons resultados, se comparados a investimentos de renda fixa mais tradicionais, como CDBs, LCIs etc.

Fundos de debêntures incentivadas possuem o benefício de serem isentos de imposto de renda, o que num período inferior a 720 dias significa uma economia de pelo menos 17,5% de imposto de renda.

Tenha em mente que um planejamento que envolva objetivos de curto prazo é tão complexo como qualquer outro, e contar com um equipe de profissionais especializados e certificados vai lhe dar a segurança necessária para construir cada etapa até realizá-los.

GRUPO CAPITAL: Somos a evolução do seu relacionamento com as Finanças.

Frederico M Kùmbs – CSO Chief Strategy Officer
Sergio K. Leão – Planejador Financeiro CFP® & Head de Investimentos
Rodrigo Ribeiro – COO Chief Operating Officer