Finanças Comportamentais

08/03/2023

Já parou para pensar como as nossas emoções afetam nossas decisões financeiras?  

Pois é, nossos sentimentos como alegria, ansiedade, estresse podem afetar diretamente a nossa capacidade de tomar boas decisões financeiras.  

Imagina essa situação, eu preciso comprar um presente de aniversário para uma amiga e nesse dia, estou me sentindo muito alegre. Com esse sentimento, é possível que eu queira comprar o melhor presente para ela sem me preocupar muito com o preço. Afinal, estou super empolgada com o aniversário e quero presentear com algo incrível!  

Mas, se eu estiver ansiosa no dia e, principalmente, se não tiver certeza de qual presente comprar, esse sentimento pode me paralisar e deixar insegura sobre a minha escolha. Mesmo que eu me esforce muito, eu posso não encontrar o presente ideal.  

Por outro lado, se estiver estressada e com pouco tempo para encontrar o presente perfeito, talvez eu esqueça o principal, que é pensar na minha amiga e seus gostos, e tome uma decisão baseada no que eu gostaria de receber, só para deixar o processo de escolha mais fácil.   

Viu só, esse foi um exemplo simples, mas pense no impacto dessas emoções para uma compra com valor maior. O baque no orçamento pode ser grande e, em alguns casos, trazer prejuízo. E foi justamente pensando nisso que resolvi bater um papo com você hoje sobre como nossas emoções afetam as nossas finanças.  

Antes de tudo, é importante lembrarmos que as emoções fazem parte da vida, elas estão presentes a todo o momento e não há nada de errado em ser afetado por elas. Mas, e se você percebesse que está prestes a tomar uma decisão impulsiva e pudesse evitar? É super importante identificar esses momentos, já que no longo prazo, eles podem afetar fortemente a nossa estabilidade financeira.  

E como fazemos isso, então?   

Identificando o que, verdadeiramente, está por trás da nossa decisão.   

Por exemplo, quem nunca sonhou em ter a casa própria, não é mesmo? Mas será que você já parou para pensar o motivo de realmente querer isso? É pela segurança de ter um bem físico ou pela liberdade de decorar do seu jeito? Seja qual for a sua motivação, essa é uma decisão que pode afetar bastante o seu bolso, então, antes de se jogar nessa jornada, é importante avaliar suas motivações e analisar se essa escolha faz sentido para o seu momento atual. Se estiver sentindo uma ansiedadezinha ou ainda não tiver pensado muito sobre o assunto, vale a pena parar, respirar fundo e repensar antes de sair fazendo grandes investimentos. Afinal, não queremos ver você se arrependendo mais tarde, né?  

Sendo assim, vamos explorar um pouco mais sobre como podemos tomar decisões financeiras mais conscientes com os passos a seguir:  

  1. Passo: que provavelmente você já imaginou qual é – é ter um planejamento financeiro. Não tem jeito, precisamos sempre ter um plano para seguirmos e definir nossos objetivos de curto, médio e longo prazo. Isso nos ajuda a manter o foco, ter clareza do que realmente queremos e a evitar gastos impulsivos. 
  2. Passo: busque não tomar decisões financeiras quando estiver instável emocionalmente. Nesses momentos, é comum agirmos impulsivamente usando apenas nosso sistema 1 – aquele mesmo, o sistema emocional – sem avaliar todas as consequências da nossa escolha. Então, se estiver passando por um momento difícil, o melhor é dar um tempo, identificar o motivo de tais emoções e deixar as decisões importantes para quando estiver mais tranquilo e com o sistema racional ativo. 
  3. Passo: sempre analise suas opções de compra. Antes de tomar alguma decisão financeira, pesquise e compare diferentes opções, assim como suas vantagens e desvantagens. Isso inclui comparar preços, avaliar riscos e benefícios de investimentos e produtos financeiros e considerar alternativas.  

Quer conquistar o imóvel que sonha morar? Lembre-se que a chave para tomar decisões financeiras melhores é entender o que motiva suas escolhas, e isso pode ser desenvolvido por meio da educação financeira e do autoconhecimento. Analise se a sua decisão está alinhada com seus objetivos financeiros definidos em seu planejamento e se faz sentido para sua situação atual. Com um pouco de paciência e reflexão, é possível controlar suas emoções e tomar decisões financeiras mais sábias. Esse processo pode exigir um pouco mais de esforço no começo, mas em algumas semanas você já será capaz de se conhecer melhor e tomar decisões mais conscientes ao longo do ano, se tornando, assim, algo natural. Entender seu comportamento é fundamental para manter uma vida financeira mais saudável e próspera.  

Vejo você na próxima coluna 😉  

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