Dia 2
O que é planejamento Financeiro
Você com certeza tem sonhos, metas e objetivos para a sua vida e para a sua família. Seja fazer a viagem dos sonhos, trocar o carro, morar na região que mais deseja, expandir o patrimônio ou até mesmo conquistar a tão falada liberdade financeira.
Pois é, tudo isso pode e deve ser possível, mas será que é tão simples conseguir tudo o que deseja? Será que apenas saber onde você deseja chegar e colocar as metas no papel tornará todos os sonhos em realidade?
O dinheiro não é o fim, porém ele provavelmente será o meio para muitas das conquistas que você almeja, por esse motivo você precisa saber tudo o que vamos falar a seguir.
Tão importante como traçar um plano para algo que você queira alcançar, é ter um planejamento financeiro. Segundo a Planejar – Associação Brasileira de Planejamento Financeiro: “O planejamento financeiro é o processo de atingir as metas financeiras da vida por meio de um gerenciamento adequado dos recursos financeiros. O processo de planejamento financeiro ajuda as pessoas a ter uma visão holística e abrangente de suas finanças, determinando onde estão agora, onde gostariam de estar no futuro e o que devem fazer para alcançar seus objetivos.” ( https://planejar.org.br/planejamento-financeiro/)
Acreditamos que fica claro a relevância desse assunto e por isso mesmo queremos ajudá-lo em algo que pode ser complexo, porém com boas diretrizes poderá obter sucesso em sua jornada e, assim, vivenciar o bem-estar financeiro.
A FPSB (Financial Planning Standars Board), instituição norte-americana responsável pela divulgação, gerenciamento e controle do uso das marcas CFP® (Certified Financial Planner) após realizar uma pesquisa global, descobriu que as pessoas que contam com apoio de profissionais da área financeira e um planejamento financeiro bem feito se sentem melhor preparados para atingir seus objetivos financeiros.
Antigamente falar de dinheiro e finanças pessoais era um tabu e não se encontrava muitas informações sobre o assunto, apenas as empresas possuíam um planejamento visando o lucro e seus objetivos. Entretanto, hoje em dia já não se pode mais pensar assim, principalmente num país como o Brasil que claramente é deficitário de educação e planejamento financeiro, mesmo em classes sociais mais elevadas. Os dados a seguir mostram isso:
– Mais de 70% das famílias estão endividadas, sendo o maior número de dívidas de cartão de crédito;
– Apenas 1% dos aposentados são independentes financeiramente, ou seja, 99% têm algum tipo de dependência financeira (familiares, amigos, INSS, caridade etc.);
– Hoje temos mais pessoas vítimas de pirâmides financeiras do que CPFs cadastrados na bolsa de valores;
– 7 a cada 10 investidores do Brasil ainda alocam seus recursos em caderneta de poupança, somando mais de 1 trilhão de reais;
– A ansiedade financeira impacta a imensa maioria das pessoas e cerca de 77% dos brasileiros tem algum sintoma de fobia financeira.
Com esses dados, fica nítido o quão necessário é você ter um planejamento financeiro bem estruturado para não fazer parte desses números acima, além de ter os seguintes benefícios:
– Uma vida mais equilibrada para você e sua família;
– Conquistar seus sonhos e objetivos;
– Não ter aquela dúvida sobre para onde o dinheiro foi no final do mês;
– Cortar gastos desnecessários;
– Evitar juros e dívidas;
– Conseguir se programar para poupar e investir;
– Ter menos stress.
O planejamento é uma ferramenta bastante útil em qualquer momento econômico, principalmente em períodos de crise. Quem possui um planejamento bem estruturado e com objetivos bem definidos, tem uma base financeira muito mais sólida para suportar qualquer adversidade. A elaboração de um planejamento financeiro demanda tanto o conhecimento de conceitos técnicos, por exemplo orçamento e consumo consciente, como também aspectos comportamentais como foco, disciplina, paciência e determinação.
Por essas e por outras é tão importante esse tema e estamos dispostos a ajudá-lo(a) nessa jornada de conhecimento e autoconhecimento que com certeza mudará a sua vida para melhor.
Qualquer pessoa que enfrenta desafios financeiros ou pretende alcançar metas no curto, médio e longo prazos, precisa fazer planejamento financeiro. Engana-se quem acha que se planejar é simplesmente economizar dinheiro para a aposentadoria.
O planejamento financeiro possibilita dar direção e significado às decisões financeiras. Permite entender como cada decisão afeta outra área das finanças pessoais. Quando utilizamos recursos disponíveis para dar de entrada na aquisição de um imóvel financiado, por exemplo, podemos inviabilizar a aposentadoria na data desejada, sendo necessário adiar esse projeto. É necessário avaliar cada decisão financeira como parte de um todo, considerando os efeitos no curto e longo prazo. O planejamento financeiro deve ser adaptado à medida que ocorrem alterações macroeconômicas ou mudanças na vida pessoal ou familiar, contribuindo para o atingimento dos objetivos.
Hoje muitas pessoas já estão mais atentas a esse tema e já mudaram suas realidades e de suas famílias.
No fim, essa mudança está em suas mãos e o planejamento financeiro bem feito será o meio para melhores escolhas e para vivenciar o bem-estar financeiro. Aproveite essa oportunidade e conte conosco!
Grupo Capital: somos a evolução do seu relacionamento com as Finanças.
Investimento em foco do dia:
Índices Setoriais
Talvez você já tenha ouvido numa roda de amigos(as) alguém falando que está investindo em um setor x e que o momento não é bom para investir no setor y. Isso é muito comum e importante quando falamos de mercado financeiro e investimentos.
Então, para entender melhor sobre esse assunto, vamos conhecer primeiramente o conceito de índices.
Índices são indicadores de desempenho usados como referência para avaliar e acompanhar os movimentos de mercado.
Agora que você já sabe o que é índice, vamos para o tema central.
O que é um Índice Setorial?
Índices Setoriais são indicadores que acompanham o desempenho das ações negociadas na bolsa de valores de acordo com o segmento de atuação das empresas.
A B3, bolsa de valores oficial do Brasil, além de abrigar os ativos individualmente, também organiza a divulgação de diversos índices de ações, que reúnem em uma listagem um conjunto de empresas com características comuns, que formam determinado segmento. Isso permite agrupar as ações de um mesmo segmento de mercado e dessa forma conseguimos saber o que está acontecendo com um determinado setor da economia de forma específica, contribuindo para uma análise inteligente não só da economia, mas também na tomada de decisão de alocação de ativos por parte de investidores.
Quais são os principais Índices Setoriais?
A B3 divulga sete índices setoriais. São eles:
UTIL (Índice de Utilidade Pública)
Composto pelas principais ações de empresas de utilidade pública listadas na B3, como companhias de energia elétrica, água e saneamento e gás. Trata-se de um índice onde a influência do governo pode ter muita relevância – já que a maioria das empresas listadas nele são públicas ou atuam em setores altamente regulados.
Algumas empresas: Alupar, Copel, Copasa, Energisa, Sabesp, Taesa, Copasa.
IMOB (Índice Imobiliário)
Composto pelas principais ações do setor imobiliário, como empresas de construção civil, negociação imobiliária e exploração de imóveis. Como a construção civil é uma das atividades mais representativas no PIB brasileiro, o IMOB acaba refletindo também, de forma indireta, o desempenho geral da economia do país.
Algumas empresas: Gafisa, Helbor, MRV, Multiplan, Trisul, Cyrela Realt, Tecnisa, BR Malls.
IFNC (Índice Financeiro)
Reúne as ações das empresas mais negociadas do setor financeiro, representando instituições como bancos, intermediários financeiros, seguros e previdência. Pela natureza do setor, o índice também reúne as companhias com os maiores níveis de governança corporativa do mercado.
Algumas empresas: Bradesco, Itaúsa, Porto Seguro, Santander, B3, SulAmerica, Cielo.
INDX (Índice Industrial)
Esse índice reúne e mede o desempenho das principais empresas listadas na bolsa que atuam no setor industrial – seja na produção de produtos básicos, materiais industriais, ou itens de consumo, refletindo o comportamento da indústria nacional como um todo. O INDX também compartilha algumas empresas com o IMAT e do ICON.
Algumas empresas: Ambev, Grupo Natura, Tecnisa, JBS Friboi, Even,
ICON (Índice de Consumo)
Esse índice agrega as ações das principais companhias dos setores de consumo cíclico e não cíclico, como empresas de varejo, alimentação, saúde e educação. O ICON também possui uma forte correlação com desempenho da economia de modo geral, por representar empresas que faturam diretamente com o consumo das pessoas.
Algumas empresas: Lojas Americanas, Arezzo, Lojas Renner, Via Varejo, Marfrig,
Alpargatas, Fleury.
IEE (Índice de Energia Elétrica)
Primeiro índice setorial da bolsa, o IEE reúne as ações das empresas com maior representatividade do setor de energia elétrica. Boa parte das ações desse grupo também estão no índice UTIL.
Algumas empresas: Taesa, Eletrobras, CPFL Energia, Engie Brasilon, Cemig, AES Tiête.
IMAT (Índice de Materiais Básicos)
Mostra o desempenho das empresas mais importantes e negociadas do setor de Materiais Básicos. Inclui empresas que produzem insumos de construção, materiais para infraestrutura, siderúrgicas, entre outras. É um setor muito relacionado com o mercado externo, já que boa parte da sua produção é destinada a importação.
Algumas empresas: Braskem, Unipar, Duratex, Vale, Klabin, Gerdau, Usiminas, Suzano.
Após entender o conceito de índice setorial, saber quais são eles e quais empresas pertencem a cada índice, vamos continuar a nossa explicação para que compreenda melhor conceitos mais avançados na prática com dados históricos.
Inflação X Setores
A inflação impacta nas decisões de consumo dos indivíduos e consequentemente no resultado das empresas de varejo listadas na bolsa de valores. Da mesma forma, vale ressaltar que alguns outros setores, como imobiliário e de tecnologia também acabam sendo bastante impactados pelo cenário macroeconômico, em maior ou menor grau, dependendo do tipo de atividade de cada empresa. No fim, a verdade é que todo nós somos impactados pela alta dos preços e ninguém gosta de inflação. No entanto, existem alguns setores menos sensíveis à altas de preços.
O setor elétrico, por exemplo, acaba sendo menos prejudicado por conta de sua perdurabilidade e perspectiva de repasses ao consumidor final via ajustes tarifários. Empresas de energia elétrica costumam ter contratos de longo prazo com governos que são reajustados automaticamente por indicadores de inflação.
Outro exemplo é o setor de saúde. Independentemente da inflação dos últimos meses, as pessoas adoecem da mesma forma e compram os remédios e medicamentos necessários quando precisam.
Por último, empresas produtoras de commodities agrícolas, metálicas e energética podem até mesmo se beneficiar de um ambiente inflacionário, caso a elevação de preços seja motivada por uma alta das matérias primas. Empresas de commodities definem seus preços de venda de acordo com os mercados internacionais e conseguem repassar facilmente as cotações de mercado para o consumidor final caso não haja restrição por parte de órgãos reguladores.
O gráfico abaixo mostra justamente esse movimento capturado através dos principais índices setoriais, tema central desse artigo, da bolsa de valores brasileira ajustados para uma data base anterior a pandemia de Covid-19.
Naturalmente, o índice IMAT, composto por empresas ligadas aos setores de commodities, foi o que melhor desempenhou no período. Em seguida vem o setor elétrico, representado pelo índice IEE, que oferece uma opção de investimento mais perene e resiliente, composto por empresas que conseguem repassar a inflação nos reajustes tarifários. Por outro lado, índices mais suscetíveis à atividade econômica, como o ICON e IMOB, foram aqueles que mais sofreram no período.
Tudo isso o que falamos acima, mostra a complexidade do assunto, mas também permite você saber mais para tomar melhores decisões ao investir ou até mesmo para somente entender mais o dia a dia da economia do mercado financeiro.
Vale lembrar que, as empresas citadas anteriormente foram citadas apenas com caráter explicativo, não devendo, em nenhuma hipótese ser tratada como recomendação de compra. Antes de investir, avalie os riscos e caso não tenha o conhecimento técnico, busque suporte profissional capacitado e licenciado.
Teste rápido para medir seus conhecimentos sobre Planejamento Financeiro e Índices Setoriais
1. O planejamento financeiro é o processo de atingir as metas financeiras da vida por meio de um gerenciamento adequado dos recursos financeiros.
2. Quem possui um planejamento bem estruturado e com objetivos bem definidos, tem uma base financeira muito mais sólida para suportar qualquer adversidade.
3. Índices Setoriais são indicadores que acompanham o desempenho das ações negociadas na bolsa de valores de acordo com o segmento de atuação das empresas.
4. O setor elétrico é mais afetado pela inflação.
5. Empresas de commodities podem se beneficiar de um ambiente inflacionário.
Empresas e/ou opções citadas anteriormente foram citadas apenas com caráter explicativo, não devendo, em nenhuma hipótese ser tratada como recomendação de compra. Antes de investir, avalie os riscos e caso não tenha o conhecimento técnico, busque suporte profissional capacitado e licenciado.